Neste post vou tentar dar um roteiro “kids friendly” do melhor que há no Sri Lanka em 2 semanas. Claro que cada família é uma família e as prioridades podem ser diferentes das nossas! Nós enquanto família em viagem gostamos de ter um mix equilibrado de cultura (sempre a abrir) e praia (relaxe total, dentro do que as crianças permitem, claro)!

É importante salientar que para a primeira parte do roteiro um motorista faz falta. Não é que não possa fazer tudo através de transportes públicos, mas é capaz de precisar do triplo do templo. Deixo-vos os contactos do meu motorista que é de muitíssima confiança (deixava os miúdos a dormir sestas com o Dylan enquanto íamos ver os templos). Em média contem gastar entre $70 – $100 por dia com tudo incluído.

Dilan +94 77 619 7179 – podem contactar por whatsapp!

Mahesh +94 77 825 9617 – podem contactar por whatsapp! Este era o nosso motorista na zona de Bentota

 

Dia 1: Colombo e viagem até a Dambulla

O primeiro dia é sempre mais cansativo porque já levamos com milhares de horas de voo em cima. Mas em teoria, se voarem com a Emirates chegam logo de manhãzinha o que permite aproveitar o dia inteiro.

Caso não seja o caso e cheguem a meio do dia, aconselho e ficarem por Colombo a visitar e descansar.

 

½ dia em Colombo (não é preciso mais)

Museu Nacional (Rs 600 adulto/ 300 criança)

Um enorme Buddha do sec. IX convida-nos a entrar neste edifício que nos conta grande parte da história do país, traduzida de várias formas desde escultura, pintura, espadas e armas antigas até aqueles murais gigantes típicos de qualquer museu. Ah e sem esquecer a incrível coleção de máscaras de antigos demónios.

 

Gangaramaya Temple (Rs 100)

Um dos maiores templos da cidade com um seção dedicada um elefante chamado Ganga. Aqui tivemos a sorte de assistir a um ritual equivalente ao batizado. A criança, bebé neste caso, estava deitado no chão e a família toda apaparicada lá fazia as suas rezas. Apesar de não termos percebido nada foi uma experiência única.  

Pettah

É uma das zonas mais giras da cidade, com um canal repleto de lojas, cafés e restaurantes perfeitos para relaxar. Outro highlight da zona são os maravilhosos templos hindus cheios de cores. Também vale a pena espreitar o Manning market, o mercado principal de frutas e vegetais, uma delícia. Se se deixarem perder por estas ruas eventualmente vão cruzar-se com o antigo edifício da Camara – City Hall – contruído pelos ingleses que apesar de meio abandonado ainda mantém muita coisa da época.

Forte

Um antigo forte antigamente rodeado de mar pelos dois lados, hoje em dia um mix de arquitetura moderna e colonial onde “tudo se passa”. O antigo hospital Holandês é o centro do forte, cheio de lojas giras giras, e onde está localizado o famoso restaurante Ministry of Crab – paragem OBRIGATÓRIA. A torre do relógio é um edifício interessantemente inserido neste caos asiático que vale a pena espreitar. Se tiverem tempo o Central Point, também, é um monumento histórico que merece atenção!

 

Viharanahadevi Park

O maior parque de Colombo, com tudo o que um parque tem direito.

 

Onde ficar

  • City Rest For, zona de Fort & Pettah, €€
  • Drift B&B, zona Kollupitiya, €€
  • Grand Oriental Hotel, zona de Fort & Pettah, €€€
  • Cinnamon Red, Kollupitiya, €€€
  • Colombo Hotel Ceilão Villas, Cinnamon Gardens, €€€

Restaurantes

  • Pagoda tea room, € – pastelaria ótima
  • Ministry of Crab, €€€ – não esquecer de marcar, é dos restaurantes mais concorridos da cidade e claramente o melhor caranguejo que já comi
  • Coco Veranda Café, €€
  • Milk & Honey café, €, vegetariano
  • Nihonbashi Honten, €€€, Japonês
  • Curry Leaves, €€, Indiano

 

No caminho de Dambulla existem algumas coisas giras para ver, mas especialmente um templo que vale muito a pena visitar

Ridi Vihara, o templo prateado

Um pequeno templo com várias cavernas, com uns frescos inacreditáveis, um enorme Buddha dourado e zero turistas. Fiquei sem perceber o porque do nome templo prateado!?

 

Day 2 – Dambulla

Cave Temple (US$10/5)

Também conhecido pelo The Royal Rock temple complex, está no topo de uma montanha como tudo neste país, são 5 cavernas diferentes, com milhares de estátuas e pinturas do Buddha – das mais importantes do país. É um must!

Golden Temple

O nome diz tudo, podem esperar um enorme Buddha dourado no cimo de umas escadas, mas não muito altas.

Atenção daqui também existe um caminho para as Cave temples, mas este caminho não passa pela bilheteira e os estrangeiros têm de pagar, por isso não cometam o mesmo erro que nós porque são MUITAS escadas para nada!

Sigiriya (US$30/15)

Crème de la crème do Sri Lanka, ou um pedregulho do tamanho de uma pequena cidade no meio nada, onde claro que alguém se lembrou e porque não, de construir um mosteiro lá em cima. Afinal de contas são só 1200 escadas, ou 1h para os valentes até lá a cima… eram loucos, só pode!!!

Para mim o mais bonito são os jardins de água aos pés do pedregulho, não que tenha visto muito mais porque com uma no marsúpio e o outro que no final do primeiro “vão de escadas” faz uma birra e pede colo… não há milagres nem super-heróis! Mas para quem é corajoso e vai até lá acima pode contar com uma boa hora para subir até ao pico. Durante essa hora vão ver as patas de leão escavadas na rocha em tamanho gigante, várias áreas cobertas de frescos de cortar a respiração. E quando finalmente acabam a penitência e chegarem lá a cima vão poder gozar da melhor vista do país e das ruínas do antigo mosteiro/ palácio (fica a dúvida) outrora o maior e mais famoso do Sri Lanka.

Onde ficar

  • Sigiriana Resort – o nosso – €€ ($80 dólares a noite), giro, confortável, comida ótima e uma piscina em com uma vista inacreditável para os campos de arroz – recomendo muito!
  • Sundaras, €€€
  • Amaya laka, €€€
  • Dambulla Heritage Resthouse, €

 

 

Dia 3 – Safari e Polonnaruwa

 

Safari ($35 pp, crianças não pagam)

Comece cedo por um safari num dos parques de Dambulla. É de madrugada que os elefantes tomam os seus banhos de lama e aproveitam para se alimentar.  Uma vez que o sol brilha lá no alto e as temperaturas aumentam eles escondem-se e resguardam-se do calor. Pode organizar o safari através do Hotel, ou se estiver com o Dylan, o nosso motorista, ele trata de tudo.

Polonnaruwa ($25/12.50)

Uma cidade antiga estrategicamente construída, por uma dinastia de reis Indianos, para resistir à rebelião dos cingaleses, e aqui exatamente porque(?), porque aparentemente aqui há menos mosquitos!! (prioridades bem definidas!)

É um género de Ankor Wat versão Cingalesa. Para visitar todos os templozinhos, casinhas e afins é preciso um bom dia inteiro, o que não foi o nosso caso, mas meio dia com crianças eu diria que chega. Aconselho a arranjar um guia, custa à volta de $15 e explica tudo em detalhe.

Comecem pelo museu que dá uma “geral” no que consiste e consistia a cidade. E depois sigam para as ruínas.

Ficar a dormir em Dambulla.

 

Dia 4 – Kandy

Nalanda Gedige

Está a caminho de Kandy e é de longe o meu templo favorito de todo o Sri Lanka, mas não esperem o maior ou mais bonito templo. Simplesmente onde está situado e o facto de ser zero turístico dá-lhe um charme ainda maior.

Spice Garden

Na estrada entre Dambulla e Kandy vão passar por vários ditos “spice gardens”. São sítios onde nos mostram as várias especiarias, como são, como crescem, as plantas, fazem experimentar e tal… até aqui tudo bem e bastante interessante, mas não é pago então sentimo-nos obrigados a comprar qualquer coisinha para “agradecer” o tempo e a explicação. Mas atenção porque é CARO CARO, leiam a nossa experiência aqui. LINKKKKK

 

Kandy

Temple of the Sacred Tooth Relic (Rs 1500)

Um templo de teto dourado com a maior relíquia do Sri Lanka – o dente do Buddha. Dentro desde complexo vão encontrar um mix de coisas e pessoas – uns em culto, outros em turismo, museus ao lado de templos e templos dentro de templos.  A não perder o museu do Budismo na parte detrás do complexo.

Lago

O lago domina esta cidade e é sempre um lugar de relaxe um passeio à beira do lago.

 

Museu Nacional (Rs 600/ 300)

Outrora casa das concubinas de Kandy, hoje tem uma das mais impressionantes coleções de joias do país – a coroa de ouro!

 

Se ainda tiverem tempo e energia sugiro visitarem um Devale ou Vihara, templo Budista ou um complexo Budista, deixo-vos aqui uma lista:

  • Pattii Devale
  • Kataragama Devale
  • Malwatte Maha Vihara
  • Asgiriya Maha Vihara

 

Onde ficar

  • Manor House, €€, fica a 10 km do centro de Kandy, uma antiga casa colonial
  • Anna Shanthi Villa, €€
  • Clove Villa, €€€
  • Villa Rosa, €€€
  • Elephant Stables, €€€

Restaurantes

  • Empire café, €, bom café
  • Bake house, €€
  • Sharon Inn, €€€

 

 

Day 5 – Ella

Se tiverem os dias contados eu retirava metade deste dia – podem visitar as plantações de chá e não ir até Ella. Uma vez que chegam até Ella, enterrado nas montanhas, são 7h para ir até às praias.

 

Plantações de chá

Existem por todas as partes na estrada de Ella, na zona de Nuwara Eliya. Aqui mostram como se recolhe a planta do chá, como se seca e todo o procedimento até ao chá que conhecemos, pronto a ser distribuído. Regra geral fazem um chá “tasting”, onde prova os vários tipos de chá. É uma experiência agradável.

Viagem de comboio até Ella

Recomendo apanharem o comboio em Nanu oya, é uma viagem de apenas 2h até Ella, mas o suficiente para tirar o máximo de proveito da tão famosa experiência de comboio do Sri Lanka (bilhete são à volta de 2 euros em 2ª classe). Se conseguirem marquem o bilhete com bastante antecedência e reservem lugar, senão preparem-se para uma luta feroz e uma provável viagem de pé. Levem uma camisola que a dada altura estamos tao perdidos na floresta e na montanha que faz frio.

 

Ella

Uma pequena vila que é o centro dos freaks das caminhadas. Nota-se que todos os turistas, sim porque é só turistas, estão quitados até aos dentes para os trekkings! Se vão em família é talvez um destino a evitar por ser tão longe e “ter” tão pouco para quem não faz caminhadas.  

Uma vez que devem chegar ainda de dia, da viagem de comboio, podem ainda aproveitar e fazer uma destas alternativas:

Little Adam’s peak – É um pequeno passeio de 4.5km, ida e volta, e aproximadamente 45 minutos.

Rawana Falls – A 2.5km do centro da vila, uma cascata enorme onde os locals se banham e se come um milho cozido maravilhoso.

Nine Arch Bridge – Um stop quase obrigatório. Para os mais preguiçosos, como nós, apaguem um tuk tuk até onde há estrada ($3 ida e volta) e depois é uma pequena aventura até chegar aos carris. Mas uma vista inacreditável.

São fãs de trekking?? Então tirem um dia para subir ao Adam’s peak ou às Horton plains! Mas contem o dia inteiro, começando o dia bem cedo! PS – levem mantimentos!

 

Onde ficar

  • Zion View, €€
  • Gap hotel, €€€

Restaurantes

  • Matey Hut, €
  • Café Chill, €€

 

 

Dia 6 – Uda Walawe National Park safari

Saíam bem cedo de Ella, para poderem aproveitar o safari da tarde no parque. Aconselho a marcarem com antecedência para saber onde ir e a que horas. Muitas vezes os hotéis organizam os safaris e sai bastante em conta.

Uda Walawe parque ($15/8 + Rs 250 o veículo) é dos melhores lugares no mundo para ver elefantes no seu habitat natural, também podem ver búfalos, esquilos gigantes, veados e sambar (ainda não percebi que bicho é este).

As melhoras horas para fazer safaris são entre as 6.30 e as 10 da manha e as 4 e as 6.30 da tarde, as horas de temperaturas mais amenas e quando os animais saem da sombra para se alimentar.

Onde ficar

  • Grand Uda Walawe, €€€
  • Athgura river camping, €

 

 

Dia 7 – Safari e ida para a praia

Contem fazer um safari pela madrugada e arrancar para a praia depois de um bom pequeno-almoço.

A viagem pode durar grande parte da tarde, mas podem fazer várias paragens para ver as pedras preciosas e como são extraídas e aproveitar para parar nas vilas maiores e fazer umas comprinhas. Podem parar para ver as vistas, mas não saí muito disto é um dia cansativo e com demasiado carro!

 

 

Dia 8, 9, 10, 11, 12 – Praia

E para terminar em grande existem várias opções para praia, depende do que se quer. Nós ficamos em Bentota onde o mar é mais calmo e é o ideal para crianças mais pequenas. Mas se procuram mais aventura Mirissa é o centro do surf, com boas ondas e ideal para aulas de surf para os mais pequenos (mas não tão pequenos como os meus)!

Se ficarem em Bentota têm de visitar o santuário das tartarugas – Kosogoda turtle hatchery – foi onde viemos tartarugas a nascer e as ajudamos a entrar no mar!

Durante a estadia aproveitem uma tarde para visitar Galle, uma pequena cidade espremida dentro de um antigo forte construído pelos europeus na altura das conquistas do índico. Para além da sua componente histórica que vale muito a pena, é a única cidade cuidada que visitamos. Tem restaurantes e cafés bons e cheios de pinta. Lojas de decoração de cair para o lado e de ficar sem um rim, mas bonitas de se ver. Atenção aconselharam-nos a não comprar pedras preciosas aqui, ao que parece a qualidade é meia duvidosa, por isso se for faça o trabalho de casa antes.

Onde ficar em Bentota

  • Shangri-Lanka Villas, €€€
  • Amal Villa, €€
  • Temple tree Resrot & Spa, €€, onde ficamos, BBB bom, barato e bonito

 

 

Dicas:

  • Vestimenta para os templos, não se pode mostrar os joelhos nem os ombros, por isso levar calça/saia comprida e t’shirt ou um lenço para tapar os ombros.
  • No Sri Lanka pode pagar-se com rupias locais ou com dólares. Sai sempre mais em conta a moeda local, mas caso tenham trocado dinheiro vale a pena ter dólares extras para uma eventualidade.
  • Existem imensos multibancos na ilha inteira por isso dinheiro não é uma preocupação, mas quase em lado nenhum pode pagar com cartão. Vale mais ter sempre em cash!
  • É importante contarem pelo menos dois dias viagem, Sri Lanka não é propriamente aqui ao lado e não há voos diretos!

 

Espero que tenham gostado, usem e abusem.

Boas viagens

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