Foi a quarta vez que visitei os Açores, e a primeira vez em família. Foi quarta vez que fiquei WOOWW com estas paisagens e estas pessoas. Foram 4 dias intensos de ilha verde, S. Miguel. Vimos, fizemos, e acontecemos tanto em tão pouco tempo, e com eles sempre felizes.

Aproveitámos a desculpa do meu aniversário para ir dar um passeio. O Afonso e os miúdos nunca tinham estado nos Açores, eu sempre adorei estas ilhas. Os bilhetes estavam acessíveis, marcámos, fomos, conquistámos – já tinha a bandeira Portuguesa agora tem a d’ Os Salemas ao lado!!!

Aqui vão algumas dicas dos 4 dias roteiro das nossas mini-férias.

 

Dia 1 – Sete Cidades

Partindo de Ponta Delgada comece logo por dar a volta pelo lado oeste da ilha, fazendo o percurso das sete cidades.

Miradouro e piscinas Ponta da Ferraria: A estrada de Pta Delgada até aqui é um zigzag maravilhoso por entre aldeias banhadas a hortenses – Relvas, Feiteira e Ginetes. Em Ponta da Ferraria existe o miradouro ao lado do Farol com uma vista de cortar a respiração, e 1km à frente tem as piscinas naturais – nós não tivemos a sorte de tomar banho, o mar está irado e nem pensar que alguém ia meter ali o pézinho.

Miradouro Ponta Escalvado: para mim é o miradouro mais bonito da ilha, não sei se é, mas com a luz que apanhámos, aquele calor que aquece, mas não queima, a lufada de ar fresco, as paisagens, e a boa onda em que estavam os miúdos no início das mini-férias, foi mágico.

Mosteiros: é um pequeno detour mas vale a pena, porque é simplesmente a praia mais bonita da ilha (para mim!). Eu sou daquelas que só me sinto de férias depois daquele mergulho de mar. Fui a única a entrar, o mar estava grande, tive 15 minutos sozinha a comtemplar o mar, as correntes, o set a entrar, e quando por fim mergulhei entrei de férias.

Também há as piscinas naturais do Caneiro, fomos espreitar, mas impossível entrar, o mar tinha subido ainda mais.

Lagoa das Sete Cidades: subimos, subimos, subimos, e parámos duas vezes, – fizemos mini treks com os miúdos, um no marsúpio e o a pé, ao colo, às cavalitas. E depois descemos, descemos, descemos, até que parámos na lagoa. A Mimi estava ferrada senão tínhamos ido passear à beira da lagoa, um cenário tirado de um filme romântico lamechas, daqueles que choras do início ao fim, porque tudo é lindo e maravilhoso.

Miradouro da Lagoa de Santiago e Miradouro do Cerrado das Freiras: nós optamos apenas por ir ao primeiro, que isto dos miradouros é muito giro, mas são milhares de miradouros, e temos que escolher as nossas “guerras”!

Miradouro Vista Rei: deixo-vos aqui a fotografia que vai claramente para a parede da sala.

Lagoa do Canário: aqui fizemos por turnos, como os miúdos tinham adormecido, foi o Afonso e depois fui eu. São 5 minutos de caminhada, e de repente aterras numa paisagem que parece que foi pintada tal é a perfeição de cada pormenor.

Miradouro da Boca do Inferno: eu sei que é UM MUST GO, mas não fomos. Está no seguimento da lagoa do Canário, os experts dizem que são mais 15 minutos de caminhada. Para nós seriam 15 minutos de escadas lamacentas cavadas na montanha com putos às costas. Com os miúdos a dormir, a chuva a ameaçar, e a noite a chegar, tivemos que optar. Lá está, temos que escolher as nossas “guerras”. Talvez me arrependa um bocadinho de não ter ido, mas as baterias já estavam na reserva, e assim tenho motivo para voltar!

Miradouro Pico do Carvão: este fomos “obrigados” a visitar. Foi aqui que fomos encurralados por uma manada de vaca, seu pastor e cão. E já que tivemos mesmo que deixar o trânsito passar aproveitámos para apreciar as vistas.

Miradouro das Pedras Negras: para chegar aqui aventurámo-nos por estradinhas secundárias, provavelmente demorámos o triplo do tempo, mas passámos por aldeias, quintas, campos, perdemo-nos na natureza.

E terminámos a jantar em Sta Bárbara, no eco resort com uma vistaça sobre a praia do Areal de Sta Bárbara.

 

Dia 2 – Furnas

Acordámos nas furnas e começámos o nosso dia logo por aqui.

Caldeiras das Furnas: fumarolas, umas maiores outras mais pequenas. Com avisos preciosos para NÃO se lavar leiteiras nem pratos!

Parque Terra Nostra: (8€ adultos, 4€ crianças) Um parque no coração da pequena vila Furnas, que está no centro da cratera de um vulcão! Calma está adormecido! A atração central do parque é a piscina de lama, como lhe chama o Tini, ou o tanque de água termal repleta de minerais à temperatura relaxante de 35º a 40º graus. Ao lado desta existem umas mais pequenas, ou os jacuzzis, como são chamadas – umas poças com água termal a temperaturas um pouco mais elevadas, e com menos “lama”. Mas não se deixe cativar apenas pela água termal, explore o parque, os jardins secretos das camélias e as flores gigantes.

Poça da Dona Beija: (6€ adultos, 4€ crianças) um verdadeiro SPA com minerais verdadeiros vindo das profundezas da terra! Em 2007, a primeira que estive aqui, não era nada disto, caminhava-se pela lama até chegar a uma poça pequena que parecia mais um corredor, e que pouquissíma gente conhecia. Hoje em dia é um SPA de luxo com 5 piscinas/ tanques, com jatos de água com pressões diferentes, todo outro nível!

Lagoa da Caldeira das Furnas: aqui é onde se faz o cozido, ou é o sítio mais conhecido do cozido. São basicamente umas fumarolas na margem de mais uma lagoa majestosa.

Pico do Ferro: Miradouro para ver a Lagoa da Caldeira das Furnas lá do alto e fazer fotografias inacreditáveis.

São Brás: aqui é onde estão a famosas plantações de chá gorreana. Pode fazer uma degustação do chá ou simplesmente passear entre as plantações e fábrica.

Porto Formoso: Uma pequena vila numa baia à beira mar. Vale a pena dar um passeio a pé e apreciar o stress quotidiano! A igreja Nossa Senhora da Graça é um pitstop obrigatório.

Praia dos Moinhos: praia, praia, praia, para um mergulho e um gelado de fim de dia.

Miradouro de Santa Iria: melhor forma de terminar o dia.

 

Dia 3: Lagoas (as outras)

Lagoa do Fogo: não precisa de apresentações, para mim é a mais bonita, mesmo que desta vez tenha apanhado -6 graus, chuva e nuvens. Dá para acreditar que este é fruto do colapso do vulcão mais novo da ilha? Com a ultima erupção em 1563, scary.. Daqui partem uns trekkings fabulosos, se gosta de caminhadas esta é uma imperdível.

Caldeira Velha: (preço varia entre os 3€ e os 8€, depende se quer tomar banho ou só visitar) agora chamado centro de interpretação ambiental da caldeira velha. Mais uma coisa que mudou radicalmente, organizado, várias poças com temperaturas distintas – 26º a original, com a cascata, e 38º as poças novas (as primeiras do trilho), um centro de interpretação, tudo muito bem cuidado.

Ribeira grande e Praia do Areal: um passeio na vila e uma paragem obrigatória na praia do areal – a minha segunda praia favorita da ilha. Também vale a pena ir almoçar, ou pelo menos beber um café no Sta Bárbara eco resort – MA-RA-VI-LHO-SO.

Lagoa do Congro: importante – NÃO usar o google maps para chegar até esta lagoa, porque senão nunca vai lá chegar. Uma vez que chega ao local, facilmente reconhecível pela quantidade de carros estacionados numa estrada de terra perdida, é um trekking de 20 min até à lagoa. É um passeio fácil, e uma ótima maneira de estar em contacto (mais) com a natureza desta ilha.

Vila Franca do Campo: Ponto de partida para ver as baleias e para ir até ao ilhéu de vila franca do campo.

Piscinas da Caloura: Para terminar o dia um mergulho na piscina da Caloura. De todas as piscinas marítimas que visitamos foi a que gostei mais. Talvez por ser a mais pequena, ou a mais recatada. Ahhh e o restaurante da Caloura tem um peixe de chorar por mais!

 

Dia 4: Nordeste

Rota menos turística e cheia de miradouros uns maiores, ou melhores que os outros.

Miradouro do Frade: na Maia, é um ótimo começo de dia. Vista deslumbrante,

Salga: aqui tem o miradouro da Pedra de Estorninhos, miradouro do Salto da Farinha e a queda de água do Salto da Farinha, todos com o mesmo grau de WOOW.

Parque Natural da Ribeira dos Caldeirões: este é um parque, floresta, obra de arte da natureza que parece que é cuidada pelos anões da branca de neve. Não me perguntem porque, mas foi a sensação que tive. Tudo perfeito, parece que tudo foi pensado e escolhido a dedo.

Miradouro do Pesqueiro e Miradouro da Vigia das Baleias: praticamente colados um ao outro, mas com vistas diferentes, diferentes e únicas.

Piscina Natural da Boca da Ribeira: uma piscina marítima enorme com imensa pinta, nós vimos de longe porque para além da chuva e do frio, estavam ondões de 3 metros!

Miradouro Ponta do Arnel: Ao lado do farol do Arnel, para lá de um cenário pinturesco à filme do James Bond.

Miradouro Ponta do Sossego: paragem OBRIGATÓRIA, o jardim é digno de passerelle de casamento. Aliás eu casava-me aqui, fácil fácil!

Miradouro Ponta da Madrugada: é género do miradouro da Ponta do Sossego só que é diferente. Cada um tem o seu encanto, mas de forma e com vista distinta. Paragem OBRIGATÓRIA!

Praia do Lombo Gordo: um pequena praia no fim da falésia, perdida, mas magicamente encaixada na paisagem impressionista do Nordeste

Cascata Salto do Cagarrão: Exige uma caminhada de 2 kms, mas toda a gente diz que é ESPETACULAR. Só vi fotos e se os miúdos fossem maiorzinhos acho que tínhamos arriscado!

Miradouro do Pôr-do-Sol: o nome diz tudo!

 

Ponta delgada 

Nós encaixamos na noite que passamos aqui e vimos apenas algumas highlights – Forte de S. Brás, Portas da Cidade e a Igreja Matriz S. Sebastião. Faltou-nos a Ermida Mãe de Deus.

 

Espero que este roteiro vos seja útil, partilhem, e comentem!

E boas viagens

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