Kuala Lumpur, uma pequena cidade 7.2 milhões de pessoas, casa das [antigas] maiores torres do mundo, e palco   para mil filmes de ação – as Petronas!

Decidimos fazer escala ou 36 horas em Kuala Lumpur porque ou era aqui ou Singapura, e Singapura já conhecíamos! E nós, somos os maiores apologistas de conhecer, sempre e quando podemos, sítios novos.

Apesar de pouco tempo e duas crianças, visitámos as maiores atrações da cidade, fizemos um grande passeio a pé e ainda tivemos tempo para um super jantar Malaio!

Com apenas um full day tivemos que fazer bem o trabalho de casa para ter a certeza que conseguíamos tirar o melhor proveito da cidade e encaixar o máximo possível tendo em conta os bebés.

Ficámos a dormir na zona do Golden Triangle, o que é uma vantagem quando estás a ressacar de um bom pequeno almoço e um café ainda melhor!

Esta zona é um labirinto megalómano de centros comerciais [dos ricos], onde a chanel é uma Zara da vida, e a pastelaria da esquina é o Paul’s – Chiquérrimo, mas eu adoro atenção!!

Munidos de café, bom café finalmente, e pão para os miúdos, partimos rumo às Petronas. Esperávamos chegar relativamente cedo, para comprar bilhetes para subir no próprio dia. Isto é só uma loucura, comprem sempre com bastante antecedência, mas no nosso caso não tivemos hipótese visto o site deles estar em baixo [grande galo]. 
Para nossa enorme supressa o Golden Triangle e as Petronas estão interligados por um zigzag de passagens áreas, que passam por cima das maiores avenidas da cidade, e que fazem um passeio agradável! No fundo parece um bocado aquelas coisas que víamos nos filmes sobre as cidades do futuro!

Quando chegámos às Petronas, claro que batemos com o nariz na porta, ou na torre, e já só havia bilhetes para a visita à noite – o que seria vir a Kuala Lumpur e não subir às Petronas.

No caminho de volta ao hotel, onde nos espera o nosso “táxi tour”, perdemo-nos nas confusas passadeiras aéreas, mas perdemos calorias e ficámos a conhecer um pouco mais do espírito da cidade.

Como o tempo não era abundante, achámos que um tour era a melhor solução para encaixar as mil coisas que queríamos ver. Assim, e depois de alguma pesquisa, fomos com o serviço de motorista do hotel, que podemos chamar “tour privado”. Saiu 20 dólares mais caro que um tour num autocarro cheio de chineses – acho que foi um grande WIN!

O motorista, amoroso no seu inglês macarrónico, lá nos tentou explicar um pouco da história da cidade, não é que percebi grande coisa, mas li tudo no meu lonely planet!

O primeiro stop foram as Batu caves – um santuário Hindu. A entrada é “vigiada” por uma estátua do imperial Lord Murugan, seguido por 272 escadas até à entrada da caverna de Ramayana, no topo da colina (equivalente a 200.000 escadas, ou 150 andatres). Existem centenas de santuários, uns maiores que outros, outros meios escondidos na rocha, mas a grande maioria relata a história da vitória de Lord Murugan sobre o demónio Soorapadman. Eu confesso que me perco no meio dos milhares de deuses Hindus, mas se nos abstrairmos de tentar perceber a história por completo é dos lugares mais bonitos para ver os frescos hindus e estátuas escavadas na pedra.

 

De volta ao centro da cidade passámos pelo parlamento – onde só se pode passar de carro, e de raspão, porque tem o equivalente a 4 esquadras da polícia portuguesa, só à PORTA!

Passeamos no parque nacional, que está dentro da cidade, e fomos dar à Grand mosque – dizem que vale imenso apena visitar, nós não conseguimos porque era a hora da reza, e não são permitidas visitas.

O senhor motorista, de inglês macarrónico, decidiu que estávamos prontos para a verdadeira Kuala Lumpur, e atirou-se para parte antiga da cidade – UM CAOS!! Às tantas dou por nós e estão os Salemas perdidos num templo hindu, e a Mimi nos braços de um senhor que não era o pai dela… Um encanto, charmosa como é fez nos entrar à borla, só percebi depois!!!

Por fim fomos até às portas do palácio real, só não entramos porque não estávamos para fazer um frete ao jantar com o Sultão, obviamente!!!

Fun fact: Sabiam que existem 9 estados na Malásia, cade um com 1 sultão, ou seja, 9 sultões (teoricamente são só 7, os outros dois têm outro nome, blá blá blá). E de 5 em 5 anos rodam o poder, e transformam-se no sultão-todo-poderoso, equivalente aos nossos reis? Género, agora sou eu, e depois és tu, super civilizado!! Este sistema na Europa, ia funcionar lindamente!!!

  

De volta ao hotel, estoirados, acabados, famintos e suados, tínhamos toda uma aventura pela frente – as Petronitas!! Tivemos que nos duchar, dar jantar às crianças, e fomos, finalmente, às Petronas fingir que erámos a Catherine Zeta-Jones e o Sean Connery… mas em vez de assaltar um banco num vestido de gala e saltos, domamos duas crianças cansadas de um dia non-stop!

Depois disto tudo, os miúdos adormeceram no carrinho, e os pais tiveram direito ao descanso dos guerreiros, com uma refeição Malaia cheia de pinta e demasiado picante!

No dia seguinte, dormimos até mais tarde, 9 da manhã, estávamos TODOS a precisar. E usamos as nossas2 horas livres para passer à volta do hotel, no Golden Triangle dos milionários.

Este foi o nosso itinerário em KL, tendo em conta 2 bebés e um full-day!

Boa viagem

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