Ilhas Koh Phi Phi – sim são altamente turísticas, e eu normalmente não sou de gostar de sítios assim, mas as Koh Phi Phi, oh yeah, vale a pena!

 

     

Foi uma viagem de meia hora, entre Koh Lanta e Koh Phi Phi. Meia hora do TEXAS. Nesta “pequena” meia hora: demos almoços, trocámos fraldas, fizemos chichi para o mar através de um buraco no chão do barco, bebemos sumo de melancia (todos, incluindo o chão), apreciámos as vistas, e ainda deu tempo para o Tini travar uma grande amizade com o capitão. Não sei do que falaram, mas falaram. Quando, finalmente, chegámos ao nosso novo destino, o novo melhor amigo do Tini deu-lhe uma Minnie, que ainda hoje é guardada com muito carinho no meio da tralha dele!

Em modo rebanho fomos encaminhados para outro veículo aquático, não muito viável, mas aparentemente seguro! Foram mais 15 minutos de viagem, passando por praias paradísicas banhadas por todos o tipo de animais, incluindo humanos extremamente embriagados. Por ser um destino tão famoso e concorrido atraí todo o tipo de gente. Se alguma vez decidir visitar pesquise BEM em que parte da ilha quer ficar, porque pode calhar numa Quarteira a 15 de Agosto (nada contra – só não é o meu género)!!

O resort maravilhoso: Koh Phi Phi Island resort – só que meteram-nos em villas separadas – uma em Belém a outra em Cacilhas… Tive que explicar amávelmente que ficávamos TODOS juntos, SEMPRE! Não deu resultado, mas recebemos um jantar de “compensação”. E lá ficou a Arminda com os miúdos do outro lado, sem falar uma palavra de inglês, ou tailandês. Foi um ensinamento – fui branda demais, nunca mais me apanham na curva, férias são férias, e eu quero a família junta.

  

UM APARTE

A Arminda fez parte da nossa viagem, ainda não vos tinha falado dela, porque não tinha autorização da parte dela – mas agora já tenho!!! A Arminda faz parte da nossa família há dois anos e meio, já viveu o melhor e o pior desta família. É o meu apoio em tudo, durante a semana quando o Afonso não está, quando a minha mãe esteve doente e durante os seus tratamentos. Confio a minha vida e a vida dos filhos nesta mulher. Quando a oportunidade da viagem surgiu, convidámo-la a vir conhecer o que mais gostamos de fazer – viajar! Um pouco a medo aceitou, e fez todas as aventuras connosco, todas menos peixe cru e mergulhos em mar alto!

Com a ressaca da varicela do Tini, passámos os dois primeiros dias entre piscina e mar. Demos alguns passeios, e visitámos o que havia no nosso lado da ilha. Mas a grande maioria do tempo foi passado num loop constante no melhor escorrega de piscina do mundo.   

No terceiro dia, aproveitámos que já estavam todos ambientados, e fizemos uma escapadela debaixo de água! Mergulhámos em dois sítios diferentes – Anemone Reef e Shark Point. O primeiro dive site é lindíssimo, nunca tínhamos visto tanta anêmona junta, de todos os tamanhos, feitios e cores! O “Shark”point é que, pronto, coiso e tal, mas sharks que é bom – nem vê-los! E ainda têm a lata de nos dizer – “Ahhh aqui não há tubarões”. WHAT???? Nome digno de nada, bom, de umas coisas giras, mas não do que queríamos ver. Depois de umas horas de meditação subaquática voltámos para os nossos meninos frescos e maravilhosos, quando somos recebidos à saída do barco pelo manager do hotel.

Quando o manager do hotel vem receber-te de um passeiozinho de barco, a coisa não pode ser boa. Não pode e de facto não era. Com a voz a tremer informa-nos que a nossa “nanny”, a Arminda, tinha gritado um pouco e estava um bocado nervosa, e que tinha acontecido um pequeno acidente. Comecei logo a fazer grandes filmes na minha cabeça e só pensava nos miúdos. O manager, nervoso, enrolava as palavras a tentar articular palavras no seu inglês-tailandês, quando finalmente dou um berro para ele desembuchar logo o que se tinha passado.

Então foi assim:

A Arminda é convidada a trocar de villa (finalmente, depois da borrada que fizeram inicialmente) para uma ligada à nossa. Faz a troca de villa, deita as crianças para a sesta, e pronta a deliciar-se com a sua pasta al pesto senta-se e abre a janela para apreciar o ar puro da selva. Não é quando uma pequena serpente de 2 metrinhos dá de si, e diz olá à Arminda. Estava a Dra bem encaixadinha na calha, e deve ter sido acordada com o abrir da janela. PÂNICO TOTAL, com os miúdos a dormir, não faz mais nada, pega num guarda chuva pronta a atacar como se fosse uma espada, e começa a ligar incessantemente para a receção. A Arminda não fala inglês, e eles não falam português. Às tantas ameaçou chamar a polícia, em português, em espanhol e arrisco a dizer que até no seu “inglês”. Finalmente chegaram, 40 minutos, 6 chamadas e 10 anos de vida depois. Foram preciso 3 pessoas para tirar o bicho, e coitada da cobra devia estar tão assustada que esguichou as coisas dela pelo quarto todo.

Pessoalmente, acho que o hotel não esteve bem, se um cliente telefona em pânico, assustado e a gritar, eles têm que mandar alguém imediatamente para verificar que está tudo bem.

Quando chegámos a Arminda estava verde, e os miúdos ainda estavam a dormir a sesta – eles não perceberam nada, e ela tem pesadelos até hoje!

Com todo este alarido, mudámos todos de quarto uma vez mais, e fomos para uma master villa familiar gigante sem cobras (achamos nós).

 isto é acobra, aqui parece pequena mas era enorme, tá?

No dia seguinte decidimos que terra firme não era segura, e fomos dar o passeio clássico das Phi Phi:

Maya bay: Onde o nosso Leo Dicaprio passeou-se nu pela praia, e banhou-se SOZINHO em águas cristalinas, perfeitamente enquadradas no meio de rochedos cobertos de selva. Um paraíso… mas mesmo chegando às 7:56 da manhã, erámos nós, e outros 1,000 turistas a apreciar as vistas.   

Loh Sama bay: Fica mesmo por trás de Maya bay, e é uma mini baia perfeita para snorkeling.

Palong bay: Mais um sítio TOP, daquele género postal, sabem?

Pi Leh bay: Onde a Arminda deu o seu primeiro mergulho e o único no mar. Foi quase obrigada, coitada!!!

Viking cave: A este ponto já tinha um dos miúdos em cima a dormir, não vi nada, mas devia ser TOP também.

Monkey beach: Eram macacos, macaquinhos e macacões por todo o lado. O Tini ter-se-ia passado, se não estivesse ferrado a dormir!!

Terminámos o dia com um mega barbecue na piscina. E apesar de todas as peripécias que tivemos com este hotel, foi dos melhores sítios onde tivemos. Os miúdos estavam genuinamente felizes entre a praia e aquele escorrega maravilhoso.

No dia seguinte passámos a manhã a fazer natação sincronizada de boias! E ainda tivemos direito a assistir a um homicídio de uma família de pássaros por um dragão qualquer coisa – tipo uma iguana gigante. Ao fim da tarde apanhámos o barco diretamente da praia do nosso hotel para Phuket – a nossa próxima paragem.

Espero que gostem, leiam, partilhem, comentem!

Boas viagens,

F