Estou em falta, ainda não escrevi muto sobre a nossa grande viagem à Ásia.

Não sei se por falta de tempo, mas sei que em parte porque ainda não acabei de digerir a quantidade de experiências e emoções que tivemos ao longo desse mês.  

Tudo começou quando de repente o Afonso muda de trabalho, e fica com três meses livres entre trabalhos – gardening leave. Na teoria são três meses sem trabalhar, mas na cabeça do Afonso são dois meses em BAU (business as usual), e um mês a trabalhar a meio gás. Eu estava de licença de maternidade. E assim sem mais nem menos, fez-se luz. Quando é que estaríamos os dois “sem trabalhar” durante um mês seguido? Quando é que teríamos, outra vez, o luxo de poder ir viajar sem problemas, durante tanto tempo?

Não sei se algum dia, mas não íamos, sem dúvida nenhuma, desperdiçar esta oportunidade!!

E começamos o brainstorming – um mês, dois bebés, e todo um mundo lá fora:

  • California, US – roadtrip, mas não dava porque os miúdos são muito pequenos, e implicaria muitas horas de carro
  • Hawaii, US – saltar de ilha em ilha, mas é longíssimo, 150 mil horas de avião, e absurdamente fora do nosso budget
  • Nova Zelândia – para lá do sol posto, literalmente, são mais de 24h a viajar – hard pass
  • Austrália – não fazia sentido já. Uns dos nossos melhores amigos mudaram-se em maio para Sydney, e claro que para ir, seria para estar com eles. Talvez para o ano!
  • América central – Já fui. Preferia algo novo
  • América do Sul – também já conheço, e para o que falta conhecer os miúdos tinham que ser um bocado mais velhos!
  • Rota da seda – ADORÁVAMOS, mas levar os miúdos estava fora de questão
  • Ásia – easy peasy. Nós adoramos, podemos fazer um bocado de tudo, é barato, e há sempre sítios novos para conhecer.

Até aqui foi fácil, agora só faltava fazer o roteiro, afinal de contas viajar com miúdos é completamente diferente de viajar sozinhos.

Organizamos a viagem à volta de 3 premissas muito importantes:

  • Evitar saltar muito de sítio em sítio. As crianças são bichos de hábitos e gostam de rotina.
  • Tentar partir os voos ao máximo, para facilitar o jetlag.
  • Ter um mix de cultura e lazer – praia

E com estes pontos em mente, os vencedores foram:

  • Tailândia:
    • Bangkok (2 dias)
    • Ko Lanta (5 dias)
    • Ko Phi Phi (4 dias)
    • Phuket (4 dias)
  • Malásia: Kuala Lumpur (2 dias)
  • Indonésia: Bali
    • Ubud (3 dias)
    • Nusa Dua (4 dias)
  • Emirates Arabes: Dubai (3 dias)

E o resto dos dias nos aviões ou em transfers!

Muitas pessoas perguntaram-me como organizamos a viagem, se fomos por agência, se marcamos tudo com antecedência ou se fomos à aventura.

Nós nunca marcamos nada por agência (a não ser o Egipto na altura da revolução porque era a única forma de entrar no país). Fazemos tudo nós, pesquisas de hotéis, voos mais baratos, atividades, transfers entre aeroportos e hotéis.

Quando viajávamos os dois, normalmente só marcávamos as primeiras noites, e todo resto íamos à aventura. Íamos onde nos apetecia, às vezes mudava porque tínhamos conhecido alguém na noite anterior que nos recomendou um sítio, então mudávamos os planos e íamos! Mas com miúdos e o tempo (mais ou menos) contado preferimos garantir um mini roteiro e os alojamentos. Pesquisei, li Lonely Planets (os meus guias preferidos)

 Ficamos em hotelões, em guest houses e em family homes. Marcámos tudo através da internet – airbnb, booking e agoda.

Os voos deixei ao BOSS do meu marido, que é uma máquina. Converte pontos em milhas, tira aqui, mete ali, faz uma escala, mete mais uma mala, arranja um upgrade. Um BOSS!

 

1 mês, 2 bebés, 4 países, 7 aviões, 3 barcos, 8 casas = pacote família feliz

 

Espero nas próximas semanas contar-vos as nossas aventuras – os altos e baixos de uma viagem com dois bebézões e uns pais cheios de vontade!!

Espero que gostem, leiam, partilhem, comentem!

Boas viagens,

F