Este vai ser um post mais pessoal, mais íntimo de certa forma.

Hoje é um dia especial. Hoje a minha bebé passa um marco importante. Hoje a Emma, a Mimi deixa de ser contada em meses e passa a ser contada em anos. Yuuuhhhh uma promoção!

 

Esta gravidez não foi planeada, veio num momento turbulento da nossa vida, mas veio pelas melhores razões.

Descobri que estava à espera de bebé num quarto de hospital.

Nov. 2016 – Tinha comentado com a minha mãe que talvez para o ano começássemos a pensar em ter outro bebé. Nesta conversa, apercebo-me que estava atrasadíssima. Ligo a uma amiga paraconfirmar que estava a fazer bem as contas. Entro em pânico. Vou à farmácia comprar não um, mas dois testes de gravidez. Lembro-me perfeitamente, era Black Friday, tinha pedido uma licença sem vencimento, e tinha ido às compras de Natal. Entro no quarto da minha mãe para mostrar-lhe todos os presentes que tinha comprado, e em conversa entra o Afonso que tinha acabado de chegar de Londres. Era o momento, vou à casa de banho sem dizer nada. Cinco minutos depois saio com uma cara meia a rir meia a chorar e com o pauzinho na mão.. Claro que a primeira a perceber foi ela, mães… Numa roda viva de entra e sai do hospital como é que eu fui ficar à espera de bebé?? Percebi quando vi aquele sorriso, aquele sorriso que já não me lembrava que tinha, ela era a felicidade em pessoa.

 

A minha mãe não conheceu a Emma mas sei que sei que parte dela está na Mimi, nem que seja só pelo nome – Emma Véronique – sei que soa fatal, mas foi o que conseguimos para que a minha mãe faça parte da vida dela.

Há exatamente um ano a trás, gravidíssima de 37 semanas, fui ter com minha super dentista, que é uma das minhas grandes amigas, e começo a contar-lhe que tinha perdido um bocado de líquido amniótico –  achava eu! Mas, no meio da minha produção de oxitocina power, achei que não era grave; mas depois de meia hora a ouvir um sermão achei que deveria ligar à minha obstetra. 
Claro que me mandou direta para o consultório para ver se estava tudo bem.

Eram três da tarde, fui a casa preparar as coisas para o caso de uma qualquer eventualidade.
Chego a casa e o Afonso tinha acabado de sair para apanhar o avião para Londres. 
Alto lá e pára o baile! Ligo-lhe: “Querido, STOPPP, talvez seja melhor adiares o vôo até amanhã, só numa de precaução”. 
Tomo um banho relaxada, faço a mala da maternidade, dou um beijinho ao Tini a dizer: “Até já vou ao médico já venho!”

Enganei-me. Fui mandada direta para o hospital. Cesariana de urgência…. Mas antes de ir para o hospital parei rapidinho para comprar o presente, que a Emma ia dar ao Tini, de boas vindas. 
E lá fui eu AGAIN às 37 semanas parir uma criança de cesariana de urgência. Agora já sei que quando chegar o terceiro, basta aparecer no hospital, de mala feita, porque os miúdos não aguentam mais que isso aqui dentro!

Às 11 da noite nasceu a minha boneca, com a cara do irmão e muito cabelo. 
Nessa noite chorei como nunca tinha chorado, a minha vida era perfeita, mas faltava-me a minha mãe.

 

Hoje, passado um ano, continuo com a vida perfeita, mas falta-me a minha mãe.

Tenho a sorte de poder acompanhar o crescimento dos meus filhos e estes últimos 12 meses foram do melhor que há. 
Todos os dias tento aprender e ensinar uma coisa nova. A Mimi não pára de crescer: é bidente; diz olá, água, maman, papa, já tá e não; é uma drama queen; avia no irmão quando se chateia; acorda sempre com um sorriso; não faz as noites completas = as perfect as it gets (vá lá, se dormisse a noite toda sería uma deusa!)

Estou louca para ver o que os próximos anos têm reservados para nós!

I Love you Mimuxa

Aos próximos 100 anos