Este fim de semana fomos ao MAAT Lisboa – Museum of Art, Architecture and Technology.
Claro que ir ver exposições com crianças não é bem a mesma coisa que ir sozinho com todo o tempo do mundo e sem pressão da hora do almoço ou do xixi! Mas não deixa de ser uma aventura, ver a exposição, tentar ler e absorver a cultura com um olho e com o outro controlar os teus filhos para não transformarem as instalações em obras deles!
Como corajosos que somos fomos em grupo, erámos 16, 8 adultos e 8 crianças, às 11 da manhã de um sábado. Um pequena fila formou-se antes da abertura das portas mas em 10 minutos tínhamos os bilhetes e começamos o tour às 4 exposições que tinhamos planeado ver.
O MAAT extende-se não só ao edifício moderno mas também ao museu da electricidade, onde pode visitar a antiga central eléctrica com direito aos seus motores e turbinas.
Começamos pelo “salão imperial” da central eléctrica – a casa das máquinas. O grande designer gráfico Stefan Seigmaster, fez uma instalação de luz e som na sobre as grande turbinas e antigas chaminés. Luzes verdes, sons martelados, ou um fim de noite no LUX frágil. Os miúdos não acharam muita piada até transformarmos a visita num jogo de luzes e ralhar com as máquinas assustadoras. Entrámos dentro das chaminés que replicam o ambiente que deveria estar na altura de funcionamento com as cinzas encarnadas e os tubos de arrefecimento. Não acabamos o percurso da antiga central para voltarmos à exposição de Seigmaster – The happy show.
Seigmaster desenhou e comentou tudo o que lhe apeteceu nas paredes, à medida que andávamos viamos coisas escritas nos lugares mais inéditos. O happy Show é uma compilação de instalações, comentários, filmes, fotografias, luzes, bicicletas a retratar o que é ou pode ser a felicidade e como pode ser medida. Já há um tempo que não ia a uma exposação que gostasse tanto, os miúdos adoraram pela leveza e pela abundância de cores. E também pelo filme onde toda a gente leva com balões de água! Vale mesmo a pena espreitar e rápido porque acaba dia 2 de Junho.
Em seguida fomos de passeio até ao edifício principal do MAAT e para além de ficar deslumbrados com a arquitetura do sítio somos banhados num jogo de sombras de Tomás Saraceno, que brinca com umas instalações de luz com bolas gigantes no atrium principal. Enquanto nós tentávamos dar sentido de todas as sombras os pequenos corriam atrás e da própria sombra, faziam águias gigantes e monstros na parede.
Tivemos a sorte de ver o último dia de exposição do Miguel Palma , uma parede contínua de quadros em crescendo com o obras em papel. Edifícios com colagens de revistas, mapas, aeroportos e aviões, as interpretações de um mundo aos olhos de Miguel. Mas o que eu gostei mesmo foi da planópia de quadros, molduras, desenhos e pinturas tudo misturado de uma forma organizada. Numa próxima casa é isto quero – Obrigada Miguel!
Por fim acabamos o nosso tour por uma visita rápida, devido à fome que já se fazia sentir nos miúdos, aos Eco-visionaries. Um exposição onde o tema central são as transformações ambientais e como estas podem vir a afectar-nos. Vários temas abordam as diferentes visões dos artistas que se juntaram para construir este debate do impacto do homem no planeta. Agora a minha interpretação – não adorei, um bocado dramático e triste, retratando apenas a parte má do que fizemos (eu sei que foi muita) mas um bocado pesadão demais.
E assim acabamos a nossa visita, 4 exposições,16 pessoas, 3 horas!
Ainda descobri que o MAAT tem workshops, para os pequenos mas mais velhos que os meus, durante as férias. Para mais info em exposições, horários e bilhetes clique aqui.
Boas visitas e viagens ao mundo encantado destes artistas.
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